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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Google e Apple travam batalha pela publicidade móvel

Inovação. Que a publicidade se reinventa todos sabemos, mas há peças publicitárias que marcam gerações e viram motivo de orgulho para as agências criadoras. E 2010 promete mudar o cenário publicitário mais uma vez.


Em 1984, a Apple lançou o computador pessoal Macintosh. Para mostrar o produto, produziu um comercial dirigido por Ridley Scott que fazia alusão ao livro 1984 de George Orwell. O comercial se baseava na parte em que o tal "Grande Irmão" (Big Brother) reunia a população para sessões de lavagem cerebral. Mas o que estava intrínseco, era a briga entre a Apple e a IBM na época.

Nas últimas semanas, Google e Apple anunciaram que darão início a mais uma corrida digital: a publicidade móvel. O anúncio vale apenas ao Reino Unido por enquanto, mas irá se espalhar aos poucos pelo globo. Os anúncios serão introduzidos nos apps e terão duração de 15 segundos aproximadamente. Eric Schimdt, diretor executivo do Google, acredita que manter um foco nos dispositivos móveis com acesso à internet é essencial para todos os serviços que o Google oferece. 

Aparentemente, essa nova mídia se tornará ouro. Mas existem dois problemas com o modelo que a Apple apresentou (chamado de iAds). O primeiro, ameaça reduzir o status de anunciante a "colaborador" e o segundo, é que o modelo de negócio da Apple quanto do Google, tendem a diminuir a participação dos proprietários em mercados publicitários.

Google e Apple já possuem as duas maiores redes de telefonia móvel do mundo e já vendem a publicidade móvel diretamente aos anunciantes, porém, os anunciantes não pagam para atingir usuários específicos. Pagam apenas a Apple ou Google que consequentemente atingem  usuários das mesmas características demográficas.  Para melhorar essa cobertura, um estudo vem sendo realizado se baseando no levantamento de dados das compras de 150 milhões de usuários do Itunes, no caso da Appel.

Certos dados ainda são misteriosos para esse tipo de serviço. Para o Google, se uma pessoa está lendo a resenha de um determinado livro pela tela do celular e este possui GPS, será possível mostrar o valor e a livraria mais próxima que contenha o livro à venda. Ou seja, serão diversos dispositivos integrados em nome da publicidade e das compras.

Se Rupert Murdoch acredita que o Ipad será a "salvação para os jornais", o Google acredita que em breve telefones celulares, televisão e rádio serão gratuitos, subsidiados pela publicidade. Enquanto isso, no Brasil, a esperança é de extermínio de celulares chineses com auto-falantes em coletivos como um todo.






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